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Traficantes continuam a agir em Guarapuava, com prisões diárias

Em dezembro houve uma megaoperação com policiais de todo o Estado

08/01/2019

Após a megaoperação policial seguida de dezenas de prisões, uso de helicóptero e até de explosivos em esconderijos de bandidos, no mês passado, traficantes continuam a agir em Guarapuava produzindo notícias diárias de ocorrências de diferentes proporções.

Somente neste final de semana, foram feitas duas apreensões de drogas (cocaína e maconha) em poder de suspeitos na periferia da cidade. Com um deles, foi encontrado mais de 3 quilos de maconha que vinham sendo distribuídos em pequenas quantidades.

Esta apreensão resultou da ação de um investigador da Polícia Civil que acompanhou a ação dos traficantes no Bairro Batel por vários dias, até leva-los à prisão numa perseguição com apoio de policiais-militares.

Objetos apreendidos no último sábado junto com drogas e uma arma no Boqueirão

Agora, no sábado (5), ao contrário da ação anterior, onde a maioria dos envolvidos é de jovens, mais duas prisões foram efetuadas com dois adultos de 43 e 60 anos, no Bairro Boqueirão. Com eles os policiais encontraram drogas e objetos de origem duvidosa. O local já estava mapeado como “boca de fumo”.

Os suspeitos foram surpreendidos dentro de um Fiat Strada e, ao verem que estavam sendo percebidos, demonstraram nervosismo. O nome do principal implicado, o mais novo, não foi revelado, mas a PM diz que ele é conhecido no meio policial pelo tráfico de drogas. Ele correu para uma sala comercial nas proximidades, tentando esconder uma carteira com dinheiro num sofá, onde a polícia também encontrou uma arma de fogo do tipo pistola de chumbo alterada para calibre 0.22. A equipe então fez contato com a 14ª SDP e o investigador se prontificou a comparecer ao local, pois recebe constantemente denúncias de tráfico deste endereço.

Embaixo do sofá havia uma mochila com cinco tabletes de maconha, certa quantia em dinheiro em várias cédulas proveniente da venda de substância ilícita e, ainda, em buscas pelo local foi localizada uma sacola plástica contendo várias porções de substância análoga a maconha, que após pesagem totalizaram 5,4 kg.

Em uma prateleira foi localizado um pote plástico contendo 133 pedras de crack embaladas em papel alumínio e um pote com 12 buchas de cocaína embaladas em sacola plástica pronta para venda. Dentro de uma mochila, escondida atrás de várias peças de sofás desmontados, foi localizado uma sacola plástica com diversas porções de crack que após pesagem totalizaram 950 gramas e uma sacola contendo três porções maiores com cocaína pesando 67,44 gramas.

Também foram localizados 173 maços de cigarros do Paraguai, alguns documentos pessoais que seriam de pessoas que haviam "penhorado por drogas", um aparelho de tv, uma gaita e cinco aparelhos celulares de procedência duvidosa, duas balanças de precisão, várias folhas de cheques de titulares diversos e um talonário contendo algumas folhas ainda sem uso de um terceiro.

Suspeitos são levados por comandos especiais da Polícia Civil na megaoperação realizada em dezembro em Guarapuava

Embora a quantidade apreendida seja bem inferior às de outras regiões – em Cascavel, no mesmo dia, a polícia local desbaratou uma quadrilha com 80 quilos de maconha –, o que chama atenção em Guarapuava é a megaoperação realizada em dezembro, que nunca tinha acontecido antes.

Na época, o primeiro questionamento era o fato de Guarapuava, uma cidade de médio porte, abrigar tantos criminosos e a ramificação de um bando com mais de 50 envolvidos em várias regiões do Paraná. Outra dúvida, ainda não respondida, foi a identidade desses criminosos, quem eram os “cabeças” e se Guarapuava era apenas um esconderijo para eles, ou ponto de partida-chegada de drogas.

Causa espanto agora que, poucas semanas depois desta operação, a bandidagem continua agindo e distribuindo drogas. Fica a certeza, porém, de que há policiais dispostos a conter estes abusos.

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