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Chuvas, ainda que poucas, contribuem para diminuir efeitos da seca

Agricultura enfrenta uma das maiores estiagens prolongadas da história

22/05/2020

As chuvas que estão se precipitando sobre a Região de Guarapuava trazem um alento depois de uma longa estiagem, ainda que não na intensidade necessária. Os temporais vieram durante a madrugada, com a previsão de diminuírem no decorrer do dia e, ao final deste ciclo, sendo substituídos por queda significativa na temperatura.

O benefício das chuvas é tanto para quem vive nas cidades, que corria o risco de desabastecimento de água, como também para os agricultores.

O produtor de todo o estado do Paraná enfrenta grandes problemas com a falta de chuva no estado e a estiagem já é considerada histórica pelo Departamento de Economia Rural (Deral). “O Paraná está passando por uma das estiagens mais severas dos últimos 50 anos” disse o diretor do meio ambiente da Sanepar, Júlio Gonchorosky, em relatório oficial divulgado pelo Deral. 

Os dados divulgados pelo Deral confirmam as informações de que a falta de chuva é algo que vem atingindo o estado desde junho de 2019 e mesmo com volumes inferiores na safra 2019/20, foi possível garantir boa produção dos principais grãos da primeira safra como soja, do milho e do feijão. "Um dos fatores que justifica os bons resultados na produção foi que mesmo com volumes inferiores de chuva, elas vieram no momento certo, garantindo a fertilidade da planta, agrupado com outros fatores tecnológicos, dentre eles o plantio direto, que ajuda a manter maior umidade no solo", destaca o relatório.

PERDA NO CAFÉ

Além das culturas citadas no relatório, a produção de café no Paraná também sentiu os impactos da falta de chuva na safra deste ano. A expectativa no momento é que seja registrada uma perda na produção de café no estado, mas que a qualidade do grão compense as perdas. 

O relatório aponta ainda que foi em fevereiro que a estiagem começou a ganhar força em todas as regiões do Paraná, com exceção do litoral. As regiões que mais apresentaram redução neste mês foram Centro-Oeste (36%), Oeste (55%), Sudeste (39%) e a região Sul, com 35% a menos de chuva do que a média da série histórica. Ainda assim, segundo o Deral, o produtor conseguiu evoluir no plantio das culturas da segunda safra.  

"Em março dá pra dizer que a situação começa a ficar bem mais crítica. Nas seis regiões que mais produz grãos, a menor média foi na Região Oeste e Sul, com apenas 47 mm, e a maior, na Região Norte, com 60 mm", afirma o Deral. Em abril, além da falta de chuvas, as altas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento das culturas.

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